Apresentação do Projeto:
Prancha de Fluxos
Conceito
Residência para um casal de jovens artistas mineiros,ela artista plástica, ele músico. Sem filhos. Em uma região muito úmida, quente no verão e bem frio no inverno, o município de São Sebastião das Águas Claras, vulgo Macacos.
Os estudos primeiramente se basearam na implantação espacial da residência em lote íngreme de 21x50m, que apesar de estar situada em loteamento periférico, suas dimensões são tipicamente urbanas.
Este projeto tem grande importância na minha vida profissional e particular. Pois além de se tratar do primeiro projeto meu, em si. Percebi o quanto é importante para as pessoas a conquista do próprio espaço, do seu canto. Quando fiz a entrevista para elaboração do programa arquitetônico, foi onde vi que a questão física vai além. O Antônio tinha uma necessidade de um estúdio para gravação de suas músicas, e um escritório. Já a Julinha precisava de um espaço para concepção, criação e até mesmo exposição de suas obras. Mas na medida em que fui “adentrando” na vida de ambos, o programa arquitetônico apresentou-se com várias aspirações, além do óbvio. Queriam uma casa aparentemente rústica, porém moderna. Um grande jardim na entrada. Garagem para 2 carros, quartinho de despensa e despensa para equipamentos de oficina do Antônio! “A sala de jantar deverá caber uma mesa enorme pois será usada desde a manhã, até a madrugada pela Julinha”. “Futuramente pensamos em ter pelo menos 1 filho”. “No frio a Julinha gosta de fazer um fondue, e pra isso gostariamos de uma pequena lareira.”
Dentre estes sonhos, outros surgiram no caminho. Provavelmente a arquitetura não é capaz de atender à todos. Mas o segredo está em justamente dar ao espaço a capacidade de atender à sua função principal.E quando o arquiteto consegue ser coerente com o cliente e com a realidade , as demais demandas são atendidas naturalmente, sem sua ação propriamente dita.
Pode-se perceber, neste projeto, que os espaços foram propostos em espiral, interligando-se em vários níveis. O primeiro estar, o espaço da lareira, o estúdio, a copa/cozinha, sobe para a área mais íntima e, finalmente o ateliê/sótão.
A fachada foi um trabalho muito importante, em conjunto com a Julinha, dona da casa, artista plástica. Que “acoplou” a ela suas obras. Genial!
Fotos da obra: